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Semana de Arte Moderna

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A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco para o início do modernismo no Brasil. As influências para esse evento cultural foram as insatisfações políticas e sociais do país. A reunião de artistas plásticos, músicos e escritores da vanguarda no mesmo ambiente fez com que uma revolução acontecesse não apenas na arte, mas também na sociedade e na política do país.

Os acontecimentos que deram origem a esse evento não nasceram originalmente no Brasil. Movimentos como o dadaísmo, cubismo e expressionismo surgiram na Europa e nadavam contra a proposta de Aristóteles que dizia que a arte deveria ser um espelho da vida, uma imitação da realidade.

Essas vanguardas artísticas contribuíram para uma profunda reflexão da eterna pergunta “o que é arte?”.

O evento aconteceu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, por iniciativa de alguns artistas como Graça Aranha e Di Cavalcanti.

As obras de Anita Malfatti geraram um grande impacto na sociedade, a artista apresentou o resultado de ter estudado em Nova York e Berlim, seus quadros tinham aspecto expressionista, com liberdade de composição, subjetividade e formas desproporcionais, o que era inédito no Brasil.

Depois da grande explosão de ideias inéditas, muitas críticas foram escritas, como Monteiro Lobato que trabalhava no jornal O Estado de São Paulo. Segundo ele, as obras de Anita Malfatti eram “paranoia ou mistificação”, com isso, muitos intelectuais se uniram a favor da nova arte e fortaleceram o movimento.

A SAM foi valorizada anos depois, quando as ideias apresentadas no evento se desenvolveram perante a sociedade. Houve uma ressignificação da literatura, da arquitetura, do design, da escultura, do teatro e da música, que deixou de seguir as normas consideradas “ultrapassadas” para adotar tendências mais modernas e livres de padrões.

Entretanto, pensando nesse cenário, o movimento modernista no Brasil exerceu uma forte influência para quebrar os padrões considerados conservadores da arte no modo geral, e pensando sobre as consequências dos dias atuais, o evento de 22 pode ter sido um dos principais precursores para a cultura brasileira ser tão livre e diversificada. A modernidade abriu espaços nunca antes explorados para os artistas terem a liberdade de não seguir os padrões impostos e criarem a própria obra, com subjetividade e personalidade.

A liberdade artística é fundamental para um povo desenvolver sua própria arte, sua própria identidade cultural, e expressar seus sentimentos de forma autônoma.